Vamos falar sobre contagem de carboidratos e sobre jantar fora com amigos?

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Uma das maiores dúvidas que percebo é sobre contagem de carboidratos. E especialmente como fazer contagem quando se come fora de casa. Ou, também, como se manter no plano alimentar quando se sai com amigos. Bom, eu sou otimista de plantão e não vejo problema em nenhuma dessas situações. E, então, resolvi dividir um pouquinho do que eu faço na tentativa de ajudar e facilitar a vida de outros DM1.
Eu sou daquelas que chega nos restaurantes e questiona tudo, pergunto quais ingredientes vão nos pratos e peço a tabela com informações nutricionais. Explico que sou diabética e que aplico insulina de acordo com o que como e com a quantidade do que como. Alguns restaurantes possuem a tabela e aí fica tudo mais fácil. Outros não possuem e aí eu explico a importância de disponibilizar a tabela aos clientes, pois é uma questão de saúde, que diversas pessoas têm restrições alimentares, algumas graves, e que precisam saber exatamente o que ingerem, peço que considerem fazer e disponibilizar a tabela e peço para falar com o gerente para que eu mesma possa sugerir. Todas as vezes em que fiz isso encontrei boa receptividade.
Outra coisa que costumo fazer sempre é pedir substituições nos pratos. Por exemplo, se o prato vem com arroz branco, peço para trocar por arroz integral. Se não tiver arroz integral, peço legumes ao vapor, por exemplo. E assim vou até montar um prato que caiba no meu plano alimentar e que não comprometa minha saúde. E como medir as porções? No caso do arroz integral, por exemplo, explico e peço que me tragam servido em separado acompanhado de uma colher de sopa para que eu possa contar quantas colheres de sopa comerei e, assim, aplicar a insulina necessária correspondente. Simples assim. E, em alguns restaurantes que costumo frequentar bastante, já sou até conhecida e, antes mesmo que eu fale, o garçom já sabe e diz “arroz integral separado, né, com uma colher de sopa”. Isso mesmo, eu respondo! E é muito legal, pois, de certa forma, mesmo que numa porção muito pequena, acredito que estou contribuindo para tornar o mundo um lugar mais preparado para lidar com as diferenças.
Aqui em Porto Alegre, tem uma rede de restaurante muito bacana que é a Petiskeira. Frequento muito pois o cardápio deles é muito legal e democrático. As fotos que ilustram essa postagem são de lá. Essa semana, por sinal, jantei com duas amigas lá e a mesa estava muito democrática: uma amiga, que é vegetariana, pediu o prato veggie; eu, que não sou vegetariana, mas sou da linha natureba, pedi peixe thai com arroz integral e legumes; e a outra amiga, no melhor estilo jaca, pediu bife com molho de queijos, arroz branco, batatas fritas e anéis de cebola. E todas nós respeitamos as escolhas umas das outras. E nem poderia ser diferente: amizade verdadeira é isso – respeito, tolerância e compreensão. Se você não contar com isso, não vale a pena manter a dita amizade. Se vocês observarem, numa das fotos, tem o prato do meu marido ao fundo, mais no estilo jaca… Faz parte, o importante é se respeitar.
Tenho muitas outras táticas que facilitam minha vida e me permitem manter minhas escolhas, volta e meia falarei delas por aqui. Mas já deixo uns exemplos: levo minha salada verde nos churrascos onde só costuma ter salada de batatas; levo pratos saudáveis feitos por mim a jantares e eventos na casa de amigos; faço receitas saudáveis e apresento aos amigos que, aos poucos, vão percebendo que comida saudável é realmente uma delícia; levo um potinho com oleaginosas quando vou ao cinema. E assim vamos, ajudando a transformar o mundo, pelo menos um pouquinho. 😉

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